Tipos de dermatite de contato: conheça as diferentes formas da condição

Quem está por dentro do universo infantil, com certeza já ouviu o termo “dermatite” sendo usado para explicar manchas avermelhadas na pele dos bebês — que surgem acompanhadas de coceira.

Mas o que muitas pessoas não sabem é que existem vários tipos de dermatite e o problema pode acometer pessoas de todas as idades.

Apesar de não se tratar de uma doença grave, o desconforto pode ser grande — os sintomas variam de intensidade de acordo com as causas e a sensibilidade de cada pessoa. Para saber mais sobre o assunto e conhecer os principais tipos de dermatite, continue a leitura!

O que é dermatite de contato?

A Dermatite de Contato (ou eczema de contato) é uma reação inflamatória que ocorre na pele devido à exposição a um componente que causa irritação ou alergia, mas não é contagiosa ou oferece risco de vida.

Eritema, coceira, vermelhidão, descamação e, às vezes, dor em queimação são sintomas comuns. Algumas vezes, ocorrem erupção cutânea, ulceração, bolhas e edema. Podem aparecer logo na primeira vez em que entramos em contato com o componente ou após algum tempo.

A dermatite de contato pode ser classificada em aguda ou crônica. Na forma aguda, a inflamação é rápida e pode ser aliviada com tratamento adequado. Já na crônica, a inflamação persiste por mais tempo e pode ser mais difícil de tratar. Se um primeiro contato já causar lesão é a dermatite de contato por irritante primário; quando precisa de mais de uma exposição, é chamada dermatite de contato alérgica.

As dermatites de contato podem ocorrer tanto no ambiente doméstico como nas atividades de lazer e no trabalho. Neste último, é chamada de dermatite de contato ocupacional.

O tratamento inclui identificar e evitar a substância alérgica, além do uso de cremes e pomadas específicos para aliviar os sintomas.

Algumas substâncias que normalmente podem causar a dermatite de contato são:

• Plantas;

• Cobre, níquel ou outros metais presentes em bijuterias, relógios e adornos de roupas ou calçados;

• Medicamentos tópicos (antibióticos, anestésicos e antifúngicos);

• Cosméticos (perfumes, xampus, condicionadores, cremes hidratantes e esmaltes de unhas);

• Roupas e tecidos sintéticos;

• Detergentes e solventes;

• Óleos, graxas e tinta de parede.

Alguns produtos causam reações somente após exposição solar concomitante, como o sumo de frutas cítricas e perfumes. Outros podem entrar em contato com a pele quando carregados pelo ar, como inseticidas em spray e perfumes para ambientes.

Sinais e sintomas

Os sintomas são variáveis e dependem da causa: ardor ou queimação até intensa coceira (prurido). As reações alérgicas podem ocorrer repentinamente ou meses após a exposição a uma substância, o que pode dificultar a descoberta do agente causador da alergia ou irritação.

A dermatite alérgica, muitas vezes, provoca uma erupção vermelha nos locais em que a substância entrou em contato. A reação alérgica surge após 24 a 48 horas da exposição. A lesão pode apresentar inchaço e vermelhidão, com pequenas bolhas ou formar crostas espessas.

A dermatite irritante torna a pele seca, vermelha e áspera. Fissuras podem se formar no local. Os sinais são mais discretos com pouca coceira, sensação de dor e queimação.

Tipos de dermatite

Os tipos mais comuns de dermatite são:

Dermatite alérgica ou de contato: pode apresentar coceira, vermelhidão, erupção cutânea, descamação da pele e inchaço.

Dermatite atópica: causa lesões vermelhas que coçam, formam crostas e podem ou não descamar.

Dermatite seborreica: afeta principalmente o couro cabeludo e regiões mais oleosas.

Dermatite herpetiforme: provoca o aparecimento de bolhas que coçam muito e apresentam queimação intensa.

Dermatite ocre: apresenta manchas arroxeadas ou marrons por causa do acúmulo de sangue.

Dermatite ocupacional: é uma forma da condição que ocorre devido ao contato com substâncias irritantes no ambiente de trabalho. Os sintomas incluem vermelhidão, coceira, descamação e dor na pele. O tratamento envolve evitar a substância irritante, além do uso de luvas de proteção e cremes específicos para aliviar os sintomas.

Qual é a dermatite mais comum?

A dermatite de contato por irritação primária é a mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Os principais elementos que causam essas irritações são substâncias ácidas ou alcalinas como sabonetes, detergentes, álcool 70º e solventes. 

Como é feito o diagnóstico da dermatite de contato?

O diagnóstico da dermatite de contato é feito por um dermatologista através de uma avaliação clínica e histórico do paciente. O médico irá examinar a pele afetada e buscar sinais característicos da condição, como vermelhidão, inchaço, bolhas e descamação. O especialista irá perguntar também sobre quais substâncias o paciente teve contato recentemente, incluindo produtos químicos, plantas e metais, para tentar identificar o agente causador da inflamação na pele. 

Em alguns casos, o dermatologista pode realizar testes de contato, que consistem em aplicar pequenas quantidades de substâncias suspeitas na pele do paciente e observar a reação. Isso ajuda a identificar a substância específica que está causando a dermatite de contato. 

Tratamento

No momento do contato, é importante lavar o local com água corrente, de forma a não deixar nenhum vestígio do agente alérgeno ou irritante na pele.

Além disso, evitar o agente que causa dermatite de contato é a chave para a prevenção. Para isso, é preciso identificar o que está motivando esses sintomas e eliminar a exposição. 

Nos casos leves a moderados, medidas como o uso de cremes com corticosteroides ou a aplicação de compressas úmidas podem ajudar a aliviar a vermelhidão e coceira. Em casos graves, o médico pode prescrever corticosteroides orais para reduzir a inflamação, ou recomendar anti-histamínicos para aliviar a coceira intensa.

Você se identificou com os sintomas da dermatite de contato? Entre em contato e agende uma consulta na AK Dermatologia – Clínica e Estética e saiba controlar os sintomas e tratar o problema.